Mitigação de Perdas Regulatórias Na Geração Termelétrica Através de QEE

As termelétricas foram instaladas no país como fonte de segurança energética devido à nossa dependência de fatores climáticos para produção de energia. A depender da situação hidrológica, esses empreendimentos podem trabalhar de forma contínua, implicando em uma aceleração das manutenções periódicas estabelecidas pelos fabricantes de suas unidades geradoras e exigindo a capacidade máxima outorgada pela agência reguladora. A regulação da energia no Brasil exige o cumprimento do...
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As termelétricas foram instaladas no país como fonte de segurança energética devido à nossa dependência de fatores climáticos para produção de energia. A depender da situação hidrológica, esses empreendimentos podem trabalhar de forma contínua, implicando em uma aceleração das manutenções periódicas estabelecidas pelos fabricantes de suas unidades geradoras e exigindo a capacidade máxima outorgada pela agência reguladora. A regulação da energia no Brasil exige o cumprimento do fornecimento da capacidade contratada quando o despacho atende a ordem de mérito, dificultando o planejamento das paradas de manutenção as quais incorrem em responsabilidade de reposição do lastro de energia não entregue por parte do agente gerador. Neste sentido, o agente gerador depara-se com a situação de optar por seguir atendendo o despacho ininterruptamente ou realizar as paradas contratuais determinadas pelos fabricantes arcando desta forma com o alto custo da penalidade. Além disso, algumas destas usinas possuem o consumo interno abatido de sua geração plena e já vivenciaram algum tipo de penalização, mesmo que em menor monta em relação às grandes paradas. A Qualidade da Energia Elétrica (QEE) surge como opção para maximizar o atendimento ao despacho, visando que toda sua capacidade instalada esteja dedicada à exportação de todo o montante comprometido nos contratos estabelecidos no ambiente regulado e que haja a possibilidade de substituir máquinas que possam ser interrompidas para manutenção. Neste sentido, torna-se relevante entender os impactos nos âmbitos regulatórios de usinas termelétricas em alguns cenários de despachos estabelecidos como premissa, modelando a viabilidade técnica e a viabilidade econômica da utilização da QEE para tal finalidade. Adicionalmente, será apresentado um estudo de caso de uma usina termoelétrica situada no estado da Bahia, a qual apresenta exposição nos seus contratos em ambiente regulado em função dos problemas elencados no parágrafo anterior. A metodologia apresentada utilizou alguns tópicos de QEE para modelagem de um sistema de correção de fator de potência o qual atendeu tecnicamente à usina tratada no estudo de caso. Após a viabilidade técnica, realizou-se um estudo do viabilidade econômica desta solução, no qual obteve-se comum êxito. Espera-se verificar o emprego das tecnologias de QEE estudadas, visando facilitar o planejamento das manutenções e maximizar a potência disponível para atendimento ao despacho de geração de energia.