Neblina Noturna

Assim é Neblina Noturna, poemas retirados da densidade que nos cerca, que não nos deixa ver claramente o que acontece, o que está adiante.Não nos permite definir o espaço, o tempo, o fato e intuímos a apalpadelas, tateando em meio a névoa do nosso espaço interior e a vida que provém dele. E, à noite, é quando os contornos mais se diluem e menos vemos com a razão, os motivos e as ideias que nos envolvem em emoções. Dentro deste lugar obscuro,o discurso se estrutura não...
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Assim é Neblina Noturna, poemas retirados da densidade que nos cerca, que não nos deixa ver claramente o que acontece, o que está adiante.Não nos permite definir o espaço, o tempo, o fato e intuímos a apalpadelas, tateando em meio a névoa do nosso espaço interior e a vida que provém dele. E, à noite, é quando os contornos mais se diluem e menos vemos com a razão, os motivos e as ideias que nos envolvem em emoções. Dentro deste lugar obscuro,o discurso se estrutura não necessariamente triste ou sombrio, mas baço, débil, embaciado... Num jogo de meia luz e sombra, o verbo sai carregado de um referencial soturno,plúmbeo, às vezes pálido, porém deixando perceber ou sentir, a partir de certa obscuridade, os contornos de uma poética quase sensacionista, todavia que se afirma pela sinestesia,recurso para quando não se consegue ver bem com os olhos e a mente.

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